Lilica uma menina diferente, a história não é minha, é de uma amiga da faculdade, que não por acaso escreveu um livro e precisava de um ilustrador, não pensei duas vezes.
Eu não sou nem aquele bruto material carnal e antigo e nem o novo, colorido e exagerado. Eu não estou entre os dois, não sou mensurável, não estou no mapa, não posso ser comparado a coisas e nem ser feito delas, não posso ser comparado a pessoas e nem estar entre elas. Eu sou algo que só eu sei, os outros podem sentir, cheirar, tocar, gostar, usar, irritar-se, enojar-se e quem sabe jogar no lixo.
Eu sou aquilo que você sente quando está perto de mim, aquela massa, aquela mancha, aquele caos, aquilo às vezes nem é aquilo, aquilo às vezes é seu reflexo, às vezes sou espelho, às vezes me escondo. Eu sou aquilo que sinto quando estou sozinho, relâmpago de medo e onda de felicidade, profundo, infinito. Às vezes não sou o que penso ser, acredito que sou, mas que não sou, ou que sou, mas logo deixo de ser.
Nenhum comentário:
Postar um comentário