A qualidade da imagem aqui não chega nem perto da original, o escâner pega um serrilhado que não está lá, isso acontece por que ele não consegue pegar certas cores. Isso sem falar da cor, a intensidade do vermelho e do azul que vocês vêem nessa imagem não chega nem perto do original.
Esses são alguns trabalhos de colagens que fiz recentemente. Esse e o próximo são partes do mesmo trabalho, que inteiro, para mim, não ficou muito bom, mas olhando apenas as partes se torna muito mais agradável.
Eu não sou nem aquele bruto material carnal e antigo e nem o novo, colorido e exagerado. Eu não estou entre os dois, não sou mensurável, não estou no mapa, não posso ser comparado a coisas e nem ser feito delas, não posso ser comparado a pessoas e nem estar entre elas. Eu sou algo que só eu sei, os outros podem sentir, cheirar, tocar, gostar, usar, irritar-se, enojar-se e quem sabe jogar no lixo.
Eu sou aquilo que você sente quando está perto de mim, aquela massa, aquela mancha, aquele caos, aquilo às vezes nem é aquilo, aquilo às vezes é seu reflexo, às vezes sou espelho, às vezes me escondo. Eu sou aquilo que sinto quando estou sozinho, relâmpago de medo e onda de felicidade, profundo, infinito. Às vezes não sou o que penso ser, acredito que sou, mas que não sou, ou que sou, mas logo deixo de ser.